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BACTÉRIAS

  • As bactérias são seres procariontes, isto é, não apresentam envoltório nuclear que delimita o DNA dentro de uma estrutura denominada núcleo.

    • Capazes de se reproduzirem autonomamente;

    • Capazes de obter e mobilizar energia do meio;

    • Possuem ribossomas e estruturas necessárias à realização de biossínteses e outras transformações energéticas.

  • Assim como qualquer ser vivo, as bactérias possuem papel fundamental no ambiente, na fixação do nitrogênio, fermentação (produção de queijos, iogurtes, etc.), indústria farmacêutica (produção de antibióticos e vitaminas), dentre outros. Nem todas as bactérias são benéficas ao homem.

Nota: Se houver uma mutação e não existir controle irá ocorrer sempre multiplicações levando a um tumor.

Gene supressor - gene que manda parar o processo que leva ao tumor.

Apoptose - morte celular programada.

Diferenças entre a necrose e a apoptose

   Na apoptose, microscopicamente ocorre fragmentação nuclear e celular em vesículas apoptóticas.

 

   A célula condensa-se, encolhe, e começam a formar-se bolhas, a cromatina é compactada, formando massas concentradas na parte interna do núcleo, que se parte, levando à formação das vesículas apoptóticas.

 

   A apoptose é diferente da necrose, não existe libertação do conteúdo celular para o interstício e portanto não se observa inflamação ao redor da célula morta.

 

   A necrose difere da apoptose por representar um fenómeno degenerativo irreversível, causado por uma agressão intensa.

 

   Trata-se pois da degradação progressiva das estruturas celulares sempre que existam agressões ambientais severas.

Prevenir o cancro: Atividade física; diagnóstico precoce; etc.

Fundamentos da engenharia genética

   É a engenharia genética que permite conhecer melhor algumas das doenças humanas, oferece produtos sedutores à indústria e quer libertar a agricultura das suas dependências em relação aos adubos e aos pesticidas (etc).

  • Este avanço avassalador da engenharia genética pelo nosso quotidiano exige que se conheçam algumas das suas sofisticadas e surpreendentes técnicas.

Vírus e bactérias

                       Penetram no organismo vencendo as barreiras dos mesmos.

   Defesa do organismo - células, tecidos e órgãos que permitem reagir à presença destes corpos estranhos (vírus e bactérias).

Sistema imunitário

Agente mutagénico - agente responsável por uma mutação.

Mutagénese  - processo que conduz ao seu aparecimento.

Radiações de alta energia (ou Raios X, Raios Gama)

Ionização de átomos que fazem parte do DNA

  • Desencadear mudanças de nucleótidos

  • Rompimento de ligações químicas que determinam mudanças génicas ou cromossómicas.

Imunidade e controlo de doenças

- O ser humano está sujeito, diariamente, a um conjunto infindável de agentes estranhos, muitos deles causadores de doenças. No entanto, o ser humano também está munido de estruturas e mecanismos que dificultam a entrada destes agentes.

- No caso destas barreiras falharem e os agentes estranhos entrarem no corpo humano, existem elementos capazes de os detectar ou até mesmo de os reconhecer, reagindo à sua presença.

- Os órgãos, tecidos e células implicados na defesa do organismo contra agentes estranhos constituem o sistema imunitário.

VÍRUS

  • Os vírus são organismos muito simples por não possuírem a organização celular, metabolismo próprio e também por não serem capaz de se multiplicar sem uma célula hospedeira, o que os torna totalmente diferente dos demais seres vivos.

  • São considerados parasitas intracelulares obrigatórios. Possuem como material genético o DNA e o RNA, mas, os dois tipos nunca ocorrem juntos no mesmo vírus. Podem ser responsáveis por diversas doenças em animais e plantas.

  • Eles invadem as células hospedeiras e com toda a “maquinaria” delas geram novos vírus, pois eles por si só não podem se replicar. Injetar seu material genético (DNA ou RNA) nas células hospedeiras é a única forma de gerar novos vírus.

Ciclo reprodutor de um vírus

   De acordo com os conhecimentos atuais, a reprodução dos vírus só ocorre dentro de células vivas por eles parasitadas. Essas células hospedeiras podem ser procarióticas ou eucarióticas.

  1. As glicoproteínas do invólucro viral ligam-se a recetores da membrana da células hospedeira, enquanto o conteúdo penetra no interior.

  2. A replicação do DNA viral ocorre dentro do núcleo da célula hospedeira, assim como a transcrição dos respetivos genes.

  3. O mRNA viral migra para o citoplasma da célula hospedeira e liga-se a ribossomas. Os ribossomas da célula fazem a tradução do mRNA viral e produzem as proteínas do vírus.

  4. No citoplasma, o ácido nucleico e as proteínas virais organizam-se espontaneamente, aproximando-se da membrana celular, ficando rodeados por ela, e formam novos vírus que abandonam a célula.

  5. Os vírus que não possuem invólucro membranar entram na célula hospedeira por endocitose.

Ciclo reprodutor de uma bactéria

   A reprodução das bactérias é autónoma e realiza-se, habitualmente, por divisão binária.

  1. Dá-se a replicação do DNA;  A-B

  2. As duas cópias separam-se e afastam-se em sentidos opostos;  B-C

  3. Posteriormente, a membrana celular dobra-se para o interior, formando um dupla camada a meio da célula;

  4. Ocorre a divisão do citoplasma;  C-D

  5. Forma-se uma parede celular entre as duas membranas celulares.  D-E

  6. Os plasmídeos também se replicam separadamente, recebendo cada célula-filha das bactérias que os contêm cópias desses plasmídeos;

  7. As células-filhas separam-se, crescem e voltam a dividir-se. Em boas condições ambientais podem ocorrer em cada 20-25 minutos.

Sistema Imunitário

​- O sistema imunitário, sistema imunológico ou ainda sistema imune é um sistema

de estruturas e processos biológicos que protege o organismo contra doenças.

De modo a funcionar corretamente, o sistema imunitário deve detectar uma imensa

variedade de agentes, desde os vírus aos parasitas, e distingui-los do tecido saudável

do próprio corpo.

- Tanto a imunidade inata como adquirida dependem da capacidade do sistema imunitário em distinguir as moléculas exteriores das suas próprias moléculas. Em imunologia, as moléculas próprias são os componentes do organismo que o sistema imunitário consegue diferenciar de substâncias externas. Pelo contrário, as moléculas que não são próprias são aquelas que reconhece como estranhas. Uma classe destas moléculas são os antigénios, substâncias que se ligam a receptores imunológicos específicos e provocam uma resposta imunitária.

  • É o conjunto de células, tecidos, órgãos e moléculas responsáveis pela retirada de agentes ou moléculas estranhas do organismo de todos os seres vivos, com a finalidade de manter a homeostasia dinâmica do organismo. O funcionamento do sistema imune consiste na resposta coletiva e coordenada das células e moléculas diante dos agentes estranhos; isto caracteriza a resposta imune.

  • As substâncias estranhas ao corpo são genericamente chamadas de antigénio. Os antigénios são combatidos por substâncias produzidas pelo sistema imune, de natureza proteica, denominadas anticorpos, que reagem de forma específica com os antigénios. Quando o sistema imune não consegue combater os invasores de forma eficaz, o corpo pode reagir com doenças, infeções ou alergias. A defesa corporal é realizada por um grupo de células específicas que atuam no processo de deteção do agente invasor, no seu combate e total destruição. Todo este processo é denominado de resposta imune.

   O sistema imune é dividido em dois tipos de imunidade que caracterizam dois tipos de respostas: a imunidade inata ou natural (resposta imune inata) e a imunidade adquirida ou adaptativa (resposta imune adquirida).

Mecanismos de defesa

Não específicos

Específicos

Imunidade mediada por células

Imunidade mediada por anticorpos

Barreiras

Secreções e enzimas

Resposta inflamatória

Fagocitose

Interferão

  • Pele

  • Mucosas

  • Secreções gástricas

  • Saliva

  • Lágrimas

  • Muco

Atuam após a entrada de agentes

Impedem a entrada de agentes

podem ser

são

podem ser

por exemplo

Defesa não específica - imunidade inata

   Os processos envolvidos nos mecanismos de defesa não específica fazem parte da imunidade inata, na medida em que a resposta é idêntica para agentes invasores diferentes e mantêm-se idêntica independentemente do número de vezes que o mesmo agente interatua com o indivíduo.

   A resposta imune inata é capaz de prevenir e controlar diversas infeções, e ainda pode otimizar as respostas imunes adaptativas contra diferentes tipos de microrganismos. É a imunidade inata que avisa sobre a presença de uma infeção, acionando assim os mecanismos de imunidade adaptativa contra os microrganismos causadores de doenças que conseguem ultrapassar as defesas imunitárias inatas.

PRIMEIRA LINHA DE DEFESA - Barreiras físicas e química que impedem a entrada de seres estranhos.

  • Pele: A bactéria não consegue atravessar essa barreira, pois a pele é rica em queratina e além disso, as células são bem unidas. Além disso, como a todo momento ocorre a renovação da pele, essas bactérias são eliminadas.

  • Pêlos e narinas: Protegem o nosso corpo contra a entrada de patógenos, pois são altamente colonizadas por células do nosso sistema imune inato. Onde tenho mucosa, tenho dificuldade de infeção.

  • Mucosas: Limpam por exemplo os pulmões, impedindo que se desenvolva algum tipo de infeção. Os cílios agem junto com o muco (catarro), jogando-o para fora. Ou seja, o muco captura e os cílios limpam.

  • Secreções e enzimas: A lágrima contém lisoenzimas que lisam a parede das bactérias.

SEGUNDA LINHA DE DEFESA - Apesar da eficácia das barreiras externas, alguns microrganismos podem ultrapassar essas barreiras. Basta um pequeno ferimento provocado pela escova de dentes, pela lâmina de barbear ou qualquer arranhão para representar um porta aberta à entrada de microrganismos.

  • 1 - Resposta inflamatória e fagocitose;

  • 2 - Resposta sistémica.

 1- Resposta inflamatória e fagocitose:

    A inflamação é uma resposta fisiológica do organismo ao dano tecidual local ou a uma infeção. A resposta inflamatória faz parte da resposta imune inata e, por isso, não é uma resposta específica, mas ocorre de maneira padronizada independente do estímulo. O processo inflamatório envolve várias células do sistema imune, mediadores moleculares e vasos sanguíneos.

- As células do sistema imune pertencem a dois grupos principais, os linfócitos e os macrófagos.

Macrófagos

   Os fagócitos são células com capacidade fagocitária, das quais se destaca os granulócitos (nomeadamente os neutrófilos) e os monócitos. Os monócitos diferenciam-se em macrófagos, ou seja, quando está no sangue, chama-se monócito e quando migra do sangue para o tecido, torna-se macrófago.

   São importantes na regulação da resposta imune. Estão presentes nos tecidos

conjuntivos e no sangue (quando são chamados de monócitos) e, no sistema imune, possui

a função de detetar e fagocitar (processo que engloba e digere substâncias no organismo)

microrganismos invasores, células mortas e vários tipos de resíduos.

  • Os macrófagos são grandes glóbulos brancos que ingerem micróbios, antigénios e

outras substâncias.

  • Essas células são as primeiras a perceber a presença de agentes invasores.

  • O citoplasma dos macrófagos contém grânulos ou massas envoltos por uma membrana

e que consistem em variadas substâncias químicas e enzimas. Estas permitem que o

macrófago digira o micróbio que tiver ingerido e, em regra, o destrua.

 

- NEUTRÓFILOS:

   Como os macrófagos, os neutrófilos são grandes glóbulos brancos que absorvem

micróbios e outros antigénios e possuem grânulos que contêm enzimas cuja finalidade é

destruir os antigénios ingeridos. Todavia, diferentemente dos macrófagos, os neutrófilos

circulam no sangue; necessitam de um estímulo específico para abandonar este e entrar

nos tecidos.

   Os macrófagos e os neutrófilos costumam trabalhar juntos. Os macrófagos iniciam uma resposta imunitária e enviam sinais para mobilizar os neutrófilos, com a finalidade de que se juntem a eles no sector com problemas. Quando os neutrófilos chegam, digerem os invasores e assim os destroem. A acumulação de neutrófilos e a morte e digestão dos micróbios formam o pus.

Linfócitos

   Os Linfócitos são células fundamentais na resposta imunitária. Existem dois tipos principais de linfócitos: os linfócitos B e os linfócitos T.

   Estas células atuam de diferente modo na defesa do organismo e distinguem-se pelos receptores membranares que possuem, que lhes permitem reconhecer, especificamente, inúmeras moléculas.

  • Os linfócitos B derivam de uma célula (célula mãe ou precursora) da medula óssea e amadurecem até se converterem em células plasmáticas, que segregam anticorpos.

  • Os linfócitos T formam-se quando as células mães ou precursoras migram da medula óssea para o timo, uma glândula onde se dividem e amadurecem. Os linfócitos T aprendem a distinguir o próprio do estranho no timo. Os linfócitos T maduros abandonam o timo e entram no sistema linfático, onde funcionam como parte do sistema imunitário de vigilância.

Defesa específica - Imunidade adquirida

TERCEIRA LINHA DE DEFESA - Quando os microrganismos passam as barreiras da primeira linha de defesa, alguns vírus são controlados pela defesas específica que está encarregue de detetar vírus e bactérias específicas de modo a atuar mais eficazmente. Através da imunidade adquirida, o organismo cria memória imunitária na sequência de uma resposta inicial a um agente específico, o que lhe permite responder de forma mais eficaz a novos ataques pelo mesmo agente. O processo de imunidade adquirida é a base da vacinação.

   Enquanto que os mecanismos de defesa não específica atuam destruindo agentes patogénicos e prevenindo a generalização da infeção, os mecanismos de defesa específica vão sendo mobilizados, interatuando com a primeira e segunda linhas de defesa. Uma vez ativados, estes processos são extremamente eficazes e dirigidos especificamente contra determinados elementos estranhos. Assim a Defesa específica constitui a terceira linha de defesa.

   O sistema imunitário é composto por dois grupos de órgãos, os órgãos imunitários primários e os órgãos imunitários secundários. Os primeiros são assim denominados por serem os principais locais de formação e amadurecimento dos linfócitos. Já os segundos, são secundários por atuarem no sistema imunológico após a produção e amadurecimento dos linfócitos. Veja quais são os órgãos que compõem esses dois grupos:

 

 

Órgãos imunitários primários:

Medula óssea – além da produção de células sanguíneas e plaquetas, a medula produz linfócitos B, linfócitos matadores. É nesse órgão que ocorre o processo de amadurecimento dos linfócitos B.

Timo – o timo é responsável por produzir linfócitos T maduros.

Órgãos imunitários secundários:

Linfonodos – estão presentes nos vasos linfáticos; neles a linfa é filtrada, permitindo que partículas invasoras sejam fagocitadas pelos linfócitos ali presentes.

Baço – o baço filtra o sangue para remover microrganismos, substâncias estranhas e resíduos celulares, além de produzir linfócitos.

Adenoides – constituem de uma massa de tecidos linfoides protetores localizados no fundo da cavidade nasal. Têm como função ajudar a proteger o organismo de bactérias e vírus causadores de doenças transmitidas pelo ar.

Apêndice cecal – é uma pequena extensão tubular localizada no ceco, primeira porção do intestino grosso. Através da atuação das bactérias presentes nessa estrutura, microrganismos invasores são combatidos.

Sistema imunológico em ação.

   Todos os componentes moleculares estranhos que geram uma resposta imunitária específica são denominados de antigénios. Os antigénios podem ser moléculas livres ou podem ser estruturas moleculares que existem na superfície de células. A grande maioria dos antigénios são proteínas ou polissacarídeos que existem na superfície externa de microrganismos invasores ou que são produzidos por esses organismos, como, por exemplo, toxinas bacterianas. 

   Numa resposta imunitária específica, as células efetoras são os linfócitos B e T. Estas células originam-se na medula óssea vermelha apartir de células percursoras de linfócitos, os linfoblastos, migrando, posteriormente, para o timo ou permanecendo na medula óssea.

  • As células que se diferenciam sob a influência do timo transformam-se em linfócitos T, enquanto as células B continuam o seu desenvolvimento na medula óssea.

  • No interior do timo, os linfócitos completam o processo de amadurecimento, que resulta na aquisição de diferentes tipos de moléculas membranares que funcionam como recetores. Os linfócitos B adquirem os respetivos recetores na medula óssea.

   Um agente invasor, ao entrar no organismo, gera um mecanismo de defesa, a resposta imune. As substâncias invasoras são detetadas pelos macrófagos, que irão atuar em sua digestão parcial e na comunicação aos demais componentes do sistema imune da invasão sofrida, para que essas substâncias sejam totalmente destruídas e eliminadas. Após a atuação dos macrófagos, os linfócitos T auxiliadores entram em ação, ligando-se aos antigénios invasores. Este processo estimula a produção, pelos leucócitos, de compostos denominados interleucinas, que atuarão na ativação e estímulo para a produção de mais linfócitos T auxiliadores. Estes novos linfócitos intensificarão o combate aos antigénios e liberarão outros tipos de interleucinas, que estimularão a produção de linfócitos T matadores e linfócitos B. Depois de estimulados, estes linfócitos se multiplicam até que os antigénios sejam desativados e eliminados.

 

   Parte dos linfócitos produzidos é armazenada, estes são um tipo de linfócito especial, denominados de células de memória. Estas guardam durante anos, ou pelo resto da vida, a capacidade de reconhecer agentes infecciosos com os quais o organismo já se deparou. Havendo um novo ataque por agentes conhecidos, as células de memória são estimuladas a se reproduzir, dando início ao processo de defesa do organismo, em um curto intervalo de tempo.

Nota: Após os linfócitos terem desenvolvido recetores, eles tornam-se células imunocompetentes, insto é, capazes de resposta imunitária.

As respostas imunitárias específicas agrupam-se em dois conjuntos principais: 

  • Imunidade mediada por anticorpos/imunidade humoral

  • Imunidade mediada por células

Elementos celulares do sangue

Hemácias

Plaquetas

Leucócitos

Granulares

Agranulares

  • Eosinófilos

  • Neutrófilos

  • Basófilos - diferenciam-se em mastócitos

  • Monócitos - que diferenciam-se em macrófagos

  • Linfócitos

- Uma resposta inflamatória traduz-se por uma sequência complexa de acontecimentos que visam inativar ou destruir agentes invasores.

- No tecido atingido pelos agentes patogénicos, alguns tipos de células, entre as quais se destacam os mastócitos (resultantes da diferenciação de basófilos), produzem histamina e outros mediadores químicos que provocam a dilatação dos vasos sanguíneos e aumentam a sua permeabilidade. Assim, aumenta a quantidade de fluido intersticial, o que provoca um edema na região.

- Normalmente, já existem macrófagos nos tecidos, mas durante as reações inflamatórias o número de células com capacidade fagocítica (neutrófilos e macrófagos) aumenta significativamente.

- Depois de um neutrófilo ter fagocitado cerca de 20 bactérias, torna-se inativo e morre. Porém, o macrófago pode fagocitar cerca de 100 bactérias.

  • Diapedese: é a passagem dos leucócitos do sangue para o tecido

conjuntivo. Faz-se atravessando os vasos capilares. Este processo ocorre

geralmente quando uma parte do organismo fica lesionada, pelo que o

processo de inflamação é necessário. Os monócitos transformam-se então

em macrófagos, células com grande capacidade fagocítica, ao atravessarem

as células das paredes dos vasos sanguíneos, com a ajuda da histamina

produzida pelos mastócitos, e se dirigirem aos tecidos infectados.

  • Quimiotaxia: migração direcional de células imunitárias em resposta aos

gradientes de determinados fatores químicos.

 2 - Resposta sistémica:

   Pode ocorrer quando o organismo organismo é invadido por agentes

patogénicos e envolve áreas mais vastas do organismo além da zona lesionada

onde se deu a resposta inflamatória.

 

  • Febre: é um sintoma clínico da resposta sistémica.

    • As toxinas produzidas pelos agentes patogénicos bem como as substâncias produzidas por alguns leucócitos, designados pirógenios ou substâncias pirogénicas, atuam sobre o hipotálamo fazendo aumentar a temperatura corporal. Aumento do número de leucócitos em circulação.

      • A febre alta pode ser letal mas a moderada pode ajudar na defesa do organismo pois facilita a fagocitose e inibe a multiplicação de alguns micróbios. Além disso, pode facilitar a reparação dos tecidos lesados.

   Nota:

Antipiréticos - é um medicamento que previne ou reduz a febre, diminuindo a temperatura corporal que está acima do normal (acima de 37°C). Entretanto, eles não vão afetar a temperatura normal do corpo se uma pessoa que não tiver febre o ingerir. Entre os benefícios da febre destacam-se o aumento da resposta imunitária e promoção da fagocitose por parte dos leucócitos. O aumento da temperatura corporal impede também a proliferação de bactérias impedindo a sua captação de ferro.

  • Interferões: São moléculas (glicoproteínas) particularmente importantes na limitação da propagação de determinadas infeções virais.

    • É uma proteína produzida pelas leucócitos e fibroblastos para interferir na replicação de fungos, vírus, bactérias e células de tumores e estimular a atividade de defesa de outras células.

    • Existem três tipos de interferão, classificados de acordo com o receptor celular e resposta que ativam.

    • São um tipo de citocina produzida por todos os animais vertebrados e alguns invertebrados.​

    • Quando os vírus ou outros parasitas intracelulares atacam certas células, elas respondem com a formação de proteínas chamadas interferões, que também podem ser produzidas por certos linfócitos T ativados. Estas proteínas difundem-se, entram na circulação e ligam-se à membrana citoplasmática de outras células, estimulando-as a produzir proteínas antivirais que inibem a replicação do ácido nucleico viral.

Influenciam-se mutuamente

Imunidade humoral - mediada por anticorpos

   Imunidade humoral é uma subdivisão da imunidade adquirida onde a resposta imunológica é realizada por moléculas existentes no sangue, denominadas de anticorpos, diferente da imunidade mediada por células, que são realizadas pelos linfócitos T e B.

- Os efetores da imunidade humoral são os linfócitos B.

O sistema constituído pelas células B reconhece uma

enorme variedade de diferentes antigénios, sendo

efetivo, nomeadamente, contra bactérias, toxinas

produzidas por bactérias, vírus e moléculas solúveis.

- O reconhecimento de antigénios pelos linfócitos B

deve-se à existência de recetores na respetiva membrana,

que, neste caso, são proteínas complexas que se

designam por imunoglobulinas. Estes recetores são

anteriores a qualquer contacto com o antigénio. Após o

contacto com o antigénio, os linfócitos B experimentam

uma sequência de modificações no sentido de

produzirem grandes quantidades de imunoglobulinas

idênticas ao seu recetores, mas destinadas ao meio

extracelular (anticorpos).

- Os anticorpos são produzidos pelos linfócitos B 

maduros, células que recebem o nome de plasmócitos. A

função dos anticorpos é identificar e neutralizar os 

antigénios, que são substâncias ou microrganismos

estranhos o corpo humano. Cerca de 20% das proteínas

encontradas no plasma sanguíneo são anticorpos, cuja

produção é desencadeada em resposta às partículas estranhas

que, de alguma maneira, invadem o organismo.

Anticorpo e sua constituição:

   As imunoglobulinas são moléculas e possuem estrutura tridimensional. Qualquer imunoglobulina possui duas cadeias pesadas. Cada uma das cadeias pesadas está unida a uma cadeia leve por duas pontes de enxofre e as duas cadeias pesadas estão unidas entre si.

 

   Também chamados de imunoglobulinas, os anticorpos são moléculas de glicoproteínas com a função de reconhecer, neutralizar e marcar antigénios para que eles sejam eliminados ou fagocitados pelos macrófagos. Os anticorpos são produzidos pelos linfócitos B e têm a capacidade de se combinar especificamente com substâncias estranhas ao corpo, inativando-as. Os antigénios são extremamente específicos, por isso podemos dizer que para cada um dos seus tipos existe um tipo de anticorpo, com forma complementar à do antigénio.

  • Os anticorpos são classificados pelo seu tipo de cadeia em cinco tipos:

→ Imunoglobulina A (IgA): é o tipo de imunoglobulina predominante em secreções como saliva, lágrima, leite, mucosas do trato gastrintestinal, trato respiratório e geniturinário.

→ Imunoglobulina D (IgD): esse tipo de imunoglobulina é encontrado no sangue em concentrações baixas e a sua função ainda não está bem definida pelos cientistas.

→ Imunoglobulina E (IgE): presente em baixas concentrações, esse tipo de imunoglobulina é encontrado na superfície dos mastócitos, eosinófilos e basófilos, sendo muito importante no combate a parasitas helmintos e também às reações alérgicas.

→ Imunoglobulina G (IgG): esse tipo de imunoglobulina é produzido em larga escala, assim que ocorre o reconhecimento do antigénios, sendo ele o responsável pela memória específica contra determinado antinios.

→ Imunoglobulina M (IgM): imunoglobulina encontrada principalmente no meio intravascular, sendo um tipo de anticorpo produzido em grandes quantidades nas fases iniciais das doenças. Também pode ser encontrada na superfície dos linfócitos B, realizando a função de receptor de antigénios.

Imunidade celular - Imunidade mediada por células 

   A imunidade mediada por células resulta da precipitação dos linfócitos T que possuem recetores membranares específicos, os recetores T (TCR).

   Os linfócitos T não atuam sobre células livres, só reconhecem antigénios apresentados pelas células do nosso organismo. É devido a isto que o nosso organismo reconhece os seus próprios antigénios que é a base da tolerância imunológica e é também devido a isto que o organismo reconhece antigénios que lhe são estranhos, que são apresentados normalmente por células criadas para esse efeito, chamadas células apresentadoras.

   Nas imagens acima é possível ver um representação simbólica do que ocorre quando os linfócitos T são ativados. Na primeira situação é possível identificar a célula apresentadora, que pode ser, por exemplo, um macrófago. Este macrófago irá digerir o antigénio, fagocitose, e consequentemente irá gerar fragmentos peptídicos dos antigénios. Estes fragmentos serão expulsos da célula mas irão se ligar a certas moléculas presentes na superfície do macrófago que os irá apresentar (dái o nome célula apresentadora) a um linfócito T. O linfócito T quando ligado ao antigénio entra em divisão levando aos mesmos a libertarem mediadores químicos com diferentes funções originando também células T de memória que permanecerão inativos até que um mesmo antigénio volte a atacar o organismo, daí na segunda situação estar representado um linfócito T à procura de um antigénio sendo estes linfócitos T os de memória pois estão atentos a um novo possível ataque.

  • De um modo geral, no caso do organismo ser atacado por bactérias são as células apresentadoras, macrófagos, que as vão digerir ficando com os antigénios da bactéria na sua membrana celular. Posteriormente os linfócitos T reconhecem o macrófago como uma célula estranha ao organismo eliminando-a.

Vigilância imunitária

  • A vigilância imunitária consiste no reconhecimento e na destruição de células anormais, sendo essa uma das principais funções da imunidade mediada por células.

  • Quando o nosso organismo deteta a presença de células anormais, reconhecidas como estranhas uma vez que têm antigénios superficiais diferentes dos das células normais, desencadeia uma resposta ao nível do sistema imunitário de modo a conseguir eliminá-las. Estas células podem ter origem em anomalias genéticas como os tumores ou provir de enxertos. A proteção do organismo contra estas células é realizada diretamente pelos linfócitos T e não pelos anticorpos que circulam no sangue.

  • Os linfócitos T de memória originam-se a partir dos linfócitos T auxiliares, sendo armazenadas nos órgãos linfoides secundários e funcionam como células de memória guardando a informação sobre os antigénios das células invasoras permitindo assim uma maior eficácia na proteção do organismo em infecções futuras.

  • Os linfócitos T são também responsáveis pela aceitação ou rejeição de enxertos de tecidos ou transplante de novos órgãos no organismo. A rejeição acontece quando existem diferenças significativas a nível molecular e genético entre o tecido ou órgão implantado e o recetor.

RESUMINDO:

Fig. 1: célula normal vs célula em apoprose.

Fig. 2: Reprodução de um vírus.

Fig. 3: Reprodução de um vírus - animação.

Fonte: http://k40.kn3.net/taringa/1/1/0/6/4/6/60/emanuelsoria/8F4.gif?3424, consultado a 19 de fevereiro de 2017, às 15:18h.

Fig. 4: Reprodução de uma bactéria- bipartição.

Fonte: http://www.geek.com/wp-content/uploads/2013/10/6.gif, consultado a 19 de fevereiro de 2017, às 15:35h.

Fig. 5: Representação animada de como se reproduzem as bactérias, situação «mais real».

Fig. 6: Bactérias a serem fagocitadas pelos macrófagos.

Fig. 7: Diapedese.

Fig. 8: Bactérias a serem fagocitadas pelos macrófagos.

Fig. 9: Produção de anticorpos.

Fig. 10: Constituição geral de um anticorpo.

Fig. 10: Constituição geral de um anticorpo.

Fig. 11: Linfócitos T de memória.

Fig. 12: Processo de reconhecimento do antigénio pelo linfócito T.

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=IDhp3hDB658, visualizado a 23 de fevereiro de 2017, às 18:15h.

Vídeo 1: Resposta Inflamatória.

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=ahzcg6dy5MM8, visualizado a 30 de fevereiro de 2017, às 21:41h.

Vídeo 2: Nossas batalhas.

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