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BIOLOGIA
Há 27 casos de sarampo
Foram confirmados mais dois casos de sarampo em Portugal. Direção Geral de Saúde antecipa que surto não terá grande magnitude.
São 27 os casos de sarampo confirmados em Portugal desde 1 de janeiro, sendo que existe ainda um outro caso em avaliação. A informação foi prestada hoje pela Direção-Geral de Saúde (DGS), entidade que antecipa um cenário futuro sem problemas graves. "A atividade epidémica de sarampo em Portugal não terá grande expressão em termos de magnitude", lê-se no boletim epidemiológico hoje divulgado. As autoridades de saúde acreditam que "a possibilidade da transmissão no Algarve está controlada" mas avançam que "não se pode excluir a possibilidade de surgirem novos casos na região de Lisboa e Vale do Tejo".
Dos 27 casos confirmados, uma grande parte (17) dos doentes tem mais de 18 anos. "A incidência de casos de sarampo em adultos (63%) reflete o perfil que decorre das elevadas taxas de vacinação na população escolar", é o comentário no boletim da DGS. Entre os que foram infetados, 17 não tinham sido vacinados e 12 são profissionais de saúde. Houve 13 infetados que tiveram de ser internados em unidades hospitalares, mas, segundo o boletim, já tiveram todos alta. Houve uma morte, a jovem de 17 anos de Sintra.
"Os 27 casos confirmados estão de acordo com a atividade epidémica inicialmente prevista no âmbito deste surto, tendo em conta a elevada cobertura vacinal na população residente", explica o boletim da DGS, que antecipa um futuro sem preocupações de maior em termos de magnitude do surto, apesar de admitir que possa surgir mais casos na região de Lisboa, onde de resto se registaram já 19 situações de sarampo.
Comentário:
Atualmente, o sarampo esta a revelar-se uma epidemia com 27 casos já registados em Portugal, com grande parte devido à não vacinação durante os primeiros anos de vida já que os pais assim não o quiseram por motivos éticos ou por outros motivos desconhecidos.
Depois de umas pesquisas:
O sarampo é uma doença infecciosa aguda, viral, transmissível, extremamente contagiosa e muito comum na infância. Os sintomas iniciais apresentados pelo doente são: febre acompanhada de tosse persistente, irritação ocular e corrimento do nariz. Após estes sintomas, geralmente há o aparecimento de manchas avermelhadas no rosto, que progridem em direção aos pés, com duração mínima de três dias. Além disso, pode causar infecção nos ouvidos, pneumonia, ataques (convulsões e olhar fixo), lesão cerebral e morte. Posteriormente, o vírus pode atingir as vias respiratórias, causar diarreias e até infecções no encéfalo. Acredita-se que estas complicações sejam desencadeadas pelo próprio vírus do sarampo que, na maior parte das vezes, atinge mais gravemente os desnutridos, os recém-nascidos, as gestantes e as pessoas portadoras de imunodeficiências.
O vírus do sarampo é geral e a única forma de prevenção é a vacinação. Apenas os lactentes cujas mães já tiveram sarampo ou foram vacinadas possuem, temporariamente, anticorpos transmitidos pela placenta, que conferem imunidade geralmente ao longo do primeiro ano de vida (o que pode interferir na resposta à vacinação). Com o reforço das estratégias de vacinação, vigilância e demais medidas de controle que vêm sendo implementadas em todo o continente americano desde o final dos anos 90, o Brasil e os demais países das Américas vêm conseguindo manter suas populações livres da doença.
Os principais grupos de risco são as pessoas de seis meses a 39 anos de idade. Dentre os adultos, os trabalhadores de portos e aeroportos, hotelaria, apresentam maiores chances de contrair sarampo, devido à maior exposição a indivíduos de outros países que não adotam a mesma política intensiva de controle da doença.
As crianças devem tomar duas doses da vacina combinada contra rubéola, sarampo e caxumba (tríplice viral): a primeira, com um ano de idade; a segunda dose, entre quatro e seis anos. Os adolescentes, adultos (homens e mulheres) e, principalmente, no contexto atual do risco de importação de casos, os pertencentes ao grupo de risco, também devem tomar a vacina tríplice viral ou dupla viral (contra sarampo e rubéola).
Fontes:
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http://www.dn.pt/sociedade/interior/ha-27-casos-de-sarampo-surto-esta-controlado-7265275.html, consultado a 24 de abril de 2017, às 14:50h.