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Ómega 3 reduz danos causados pela poluição atmosférica

   Estudo com ratos de laboratório concluiu que ácidos gordos são benéficos para diminuir impactos nefastos da poluição na saúde.

   Os suplementos de ómega 3 poderão ser a forma mais imediata de reduzir os danos causados pela poluição atmosférica no corpo humano, indica uma investigação recente, avançada em exclusivo pelo jornal britânico The Guardian.

   Segundo o estudo feito com ratinhos no Massachusetts General Hospital, que faz parte da faculdade de medicina da Universidade de Harvard, nos EUA, os ácidos gordos encontrados na linhaça, cânhamo e óleos de peixe conseguem prevenir e tratar a inflamação e o stress oxidativo causados pelo ar poluído: os danos são reduzidos entre 30 a 50%. A mesma pesquisa chegou a uma outra conclusão, esta mais preocupante: as partículas no ar poluído conseguiram penetrar, através dos pulmões, em órgãos importantes do corpo dos animais usados em laboratório, nomeadamente no cérebro e nos testículos, o que indica que os danos para a saúde causados pelo poluição poderão ser mais graves do que se julga atualmente.

   A má qualidade do ar tem sido relacionada com um aumento das doenças cardíacas e pulmonares, mas os cientistas estão agora a descobrir ligações com outros problemas, nomeadamente demência, doença mental, diabetes, doença renal e partos prematuros. "Estas mudanças patológicas são muito importantes porque são mecanismos fundamentais para as doenças crónicas comuns que temos hoje", disse ao Guardian Jing Kang, autor principal da pesquisa. "Posso antecipar que as mesmas coisas [que acontecem com os ratos em laboratório] acontecem com os humanos, porque muitas outras doenças inflamatórias em humanos podem ser tratadas com ácidos gordos ómega 3".

   O investigador recomenda que os ácidos gordos sejam utilizados para combater problemas causados pela poluição, até porque têm "outros benefícios para a saúde" e não são um medicamento: a ingestão de ómega 3 pode auxiliar na diminuição dos níveis de triglicerídeos e colesterol.

   De acordo com Kang, os humanos deveriam ingerir entre dois a quatro gramas por dia de ácidos gordos saudáveis para combater os efeitos nefastos das partículas de poluição, o que seria equivalente a duas porções por dia, de 85 gramas cada uma, de salmão ou arenque. No entanto, a comunidade médica desaconselha o consumo de grandes quantidades destes peixes, por conterem mercúrio ou outros poluentes.

   Richard Russel, médico da British Lung Foundation (dedicada às doenças pulmonares), admite que os resultados da nova pesquisa são animadores, mas pede cautela porque as respostas dos ratos de laboratório podem não ser necessariamente equivalentes às dos humanos. "Os resultados têm de ser interpretados com precaução", assinala, acrescentando: "Existem cada vez mais provas de que estes ácidos gordos têm efeitos anti-inflamatórios significativos. Podem ser recomendados como algo saudável e suplementos nas dietas de todos nós? Sim, provavelmente. Não fazem mal e podem mesmo fazer bem", concluiu, citado peloGuardian.

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